No primeiro dia, após chegar em São Paulo cedo pela manhã, dormi por algumas horas e então peguei um Uber para uma viagem ao centro da cidade à tarde. Deambulei pelas redondezas, admirando a majestosa Catedral de São Paulo e caminhando pela Avenida Paulista — a mais longa da América do Sul. Até parei no 1000º McDonald's como parte da minha aventura.

Com o iPhone na mão, tirei fotos para todos os lados, sentindo-me como um jovem bovino corajoso explorando o mundo. Mas seguindo a regra de ouro da segurança, chamei um táxi de volta para o meu hotel antes das 17h. Enquanto acompanhava a localização do motorista pelo celular, alguns locais não puderam evitar intervir, dizendo: "Em São Paulo, não usamos nossos celulares ao ar livre. Se precisar, entre em uma loja ou shopping." Suas palavras me atingiram, e eu percebi o quão descuidado eu havia sido, suando frio ao pensar nisso.

No dia seguinte, viajei para Curitiba e comecei uma conversa com alguém por lá. Ele explicou que, ao dirigir em São Paulo, nunca abre as janelas do carro e evita usar o celular nas ruas — é simplesmente muito arriscado. "Você tem sorte", ele acrescentou, antes de compartilhar conselhos sobre o que fazer se confrontado por um assaltante.

Ele enfatizou que, no grande esquema da vida, dinheiro e gadgets são insignificantes em comparação com a segurança pessoal. Essas pessoas podem não hesitar em te machucar se sentirem provocadas. Ele também apontou que levar apenas reais e euros pode ser problemático, já que os assaltantes podem não reconhecer moedas estrangeiras e ficar bravos, assumindo que você está tentando enganá-los.

Suas palavras me deixaram atordoado, e agora, sentado em Curitiba, encontro-me com medo de sair à rua. É seguro visitar o centro da cidade durante as horas de luz do dia, quando o sol está brilhando?

Em poucos dias, estarei indo para Porto Alegre. Será ainda mais caótico por lá?

O Brasil realmente tem uma maneira de fazer uma pessoa se preocupar incessantemente.

