Para a primeira parada da minha aventura de mochilão na Semana Santa pela América Latina, desci em Medellín, Colômbia. Essa cidade já foi conhecida como o cenário violento pintado por Marquez e imortalizado na série americana "Narcos", onde os chefes do tráfico reinaram supremos desde o final do século XX até os primeiros anos deste.

No entanto, hoje, teleféricos deslizam graciosamente sobre as montanhas, grafites vibrantes em forma de rosas brotam das paredes marcadas por balas nos bairros pobres, e os jovens da Comuna 13 canalizam sua dor para o hip-hop dançante, recusando-se a deixar sua história se apagar no esquecimento. Enquanto isso, na Praça Botero, esculturas volumosas e caprichosas se erguem como um lembrete do passado grotesco e um testemunho do poder curativo da arte.

Algumas cidades têm uma capacidade incomum de transformar suas cicatrizes em ouro, tecendo a essência amarga do café em algo mágico e inesquecível.

P1 - P3 Comuna 13 P4 - P6 O Peñol de Guatapé P7 - P11 Praça Botero e o museu ao lado

Um conselho: não se esqueça do protetor solar! Acredite em mim, eu nem pensei duas vezes. Com temperaturas na casa dos 20°C, achei que estaria seguro, mas meu pescoço ficou queimado de sol. Doeu o dia inteiro, e mais tarde percebi que a pele começou a descascar... Lição aprendida.



