Dias 360–365 Rio de Janeiro, Brasil

Do outono fresco de Curitiba de volta ao abraço ensolarado do verão.

Eu profundamente lamento ter escutado aqueles que desmereceram o Rio como um lugar inadequado para morar—ando me arrependendo ainda mais por ter dedicado apenas alguns dias aqui. O Rio é nada menos que extraordinário. No dia em que parti, marcou exatamente um ano desde que eu havia saído de casa. O tempo flui como o oceano—infinito e profundo.

O pequeno trem da Tijuca supera todos os trens turísticos que já peguei. Passar sob sua icônica arcaria é apenas o prelúdio de uma jornada inesquecível. Ele serpenteia profundamente nos bairros residenciais aninhados nas encostas das montanhas, integrando-se perfeitamente à vida local. As vistas panorâmicas dos picos luxuriantes e do mar cintilante são belíssimas.

Nesse momento, senti como se tivesse me transformado em Zi Ling, tão sobrecarregada pela magnificência que quase desmaiei de pura alegria.

Depois de passar mais de meio ano explorando a América do Sul, é raro uma metrópole agitada me cativar dessa forma. Cristo Redentor, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, pode não se comparar quando comparado a maravilhas como a Grande Muralha ou Machu Picchu—but a vista do topo da montanha sobre toda o Rio, onde picos esmeralda se encontram com mares safira, é indubitavelmente fascinante.

O céu azul profundo funde-se perfeitamente com o Oceano Atlântico, criando uma vastidão sem limites de grandiosidade. Essa paisagem majestosa, combinada com a aura religiosa solene, evoca tanto minha insignificância no grande esquema das coisas quanto a sensação paradoxal de abrigar montanhas, rios, sóis e luas dentro de si mesmo.

O mar do Rio desafia comparação—it’s unlike any other I’ve encountered. Sempre tive um carinho especial pelo mar, mas a costa do Rio leva isso a outro nível: areias brancas imaculadas acariciadas por águas cristalinas, muitas vezes envoltas em uma névoa onírica durante o dia. Às vezes, o pôr do sol queima um vermelho intenso, sem nem uma trilha de laranja. Parece irreal—as se estivesse entre um sonho vívido e uma memória preciosa.

O Rio tem seus desafios, é claro; a moradia sem-teto permanece um problema visível. Mas além disso, tudo mais sobre essa cidade é pura magia.
Por outro lado, a inclusividade inabalável do Brasil em relação à comunidade LGBTQ+ tem sido nada menos que reveladora. Caminhando pelas ruas, você encontrará pessoas vestidas e se comportando de todas as maneiras possíveis—mas ninguém sequer pisca. Essa abertura e aceitação só me faz amar esse lugar ainda mais.
E vamos falar sobre as mulheres brasileiras—elas são deslumbrantes. Sua pele morena brilha com uma beleza natural, suas feições delicadas mas marcantes, e seu estilo é chic sem esforço. Elas possuem um charme que supera até mesmo suas contrapartes europeias e americanas.
O Rio, em toda sua glória caótica, deixa uma marca indelével na alma.